quinta-feira, 17 de abril de 2008

A maior aberração da natureza

Eu estava la, loucamente me amando com meu travesseiro quando de repente o despertador tocou. Levantei, cambaleando e procurei as minha lindas pantufas de ursinho. Por incrível que pareça estavam no lugar certo, o que é uma coisa muito rara no meu esplendoroso quarto que mais parece a câmara do senado de tão bagunçado.
Nesse meio tempo, percebi que estava com uma vontade louca de ir ao banheiro. Fui devagarinho, segurando todos os “peidinhos’’ para o momento mais sossegado de meu infernal dia. Claro que não esqueci de agarrar de cima de minha cama a nova revista da turma da mônica, é a melhor do mês, vem as histórinhas mais sensacionais da década. Elas servem como um laxante para meus neurônios que conpulssivamente mandam o coco descer, livre, leve e solto. Pois que o coco não queria sair nem por decreto do presidente dos EUA, que atualmente se auto julga dono do mundo. Nem a tão poderosa turma da mônica conseguiu me livrar desse entupimento gástrico-renal. Sem saber como agir nesse momento crítico de minha vida, saí do banheiro acrocado, que era para a bosta não subir para a boca, peguei o telefone e liguei para mamãe, é claro que não esperava grandes resultados de suas opiniões mas pelo menos ela poderia me dar um apoio moral.
- Alo, Mãe?
- Quem é?
- Eu
- Ronemualdo?
- Não
- Creosvaldo?
- É
- Ah seu porco, o que é que tu qué?
- Oh mãe, não sai.
- Que?
- Não sai de jeito nenhum.
- O que que não sai?
- A bosta!
- O que? Tu nunca me liga e quando liga ta na merda, vai te a merda.
- O mãe não desliga... Desligô.
O problema, é que eu já estava atrasado para o trabalho. Tinha que apelar para uma técnica caseira.
- Hum! A velha técnica desintupidora da vovó.
Saí tropicando como pedra em ribanceira, peguei o velho funil de metal e vagarosamente abri o armário e apanhei meu pequeno aspirador, chamado pela vovó de aspeidador, pois ele provoca peidos e ... Muita dor! Com dor ou sem dor eu queria me ver livre daquele inferno, peguei o aspeidador e juntamente com o funil penetrei-o profundamente e dolorosamente no meu próprio limite do aparelho excretor. A dor foi tamanha que o meu cérebro sofreu um espasmo e eu desmaiei e dormi profundamente.
Quando acordei estava ainda com um desconforto no traseiro mas isso fora anulado pelo imenso prazer de não estar mais com aquela tora fecal dentro do meu singelo corpo. Parei um pouco para aproveitar o momento mais feliz do meu dia que também fora pouco pois o fedor da bosta estava por todo meu apartamento, e o fedor era realmente insuportável, não tive como agüentar nem um minuto a mais naquela possilga. Me levantei para sair, mas por ironia do destino, tinha esquecido a calça fracogiorgi toda cagada, arriada. Levantei a calça com nojo de encostar meus lindos e bem cuidados dedos naquela merda toda, mas daí pensei “essa merda é minha então não tem porque eu ter nojo” e mergulhei naquela bosta toda que encharcava a minha calça.
Fui correndo para o chuveiro e lá fiz a primeira coisa que me veio a cabeça, tirei a roupa. Tomei um sujo e rápido banho pois o cheiro era insuportável até dentro do banheiro. Caso eu tenha esquecido de dizer, o incidente com o aspeidador se sucedeu na sala em frente a minha televisão, que agora esta cheia de bosta tanto por dentro como por fora. Assim como o glorioso tapete persa, importado do Paraguai. Por um momento pensei em chamar uma faxineira, mas logo essa hipótese me saiu da cabeça:
- Coitado de quem ousar entrar no meu apartamento, vai ser um veneno mortal para o olfato. Vou eu mesmo dar um jeitinho, aquele jeitinho que a anos não dou.
Coloquei meu avental de cozinha, apanhei uma vassoura e fui ver no que dava a limpeza. Passei a vassoura de cima pra baixo varias vezes no televisor, até que me toquei que tinha espalhado ainda mais a merda, cheguei até a jogar um pouco no teto.
- Ai de mim!
Não podia mais com o cheiro, peguei quatro panos e um prendedor de roupas, este seria minha salvação contra o mal maior, o cheiro. Coloquei-o no nariz. Continuei com a limpezinha do meu ap., que estava apenas começando.
No auge da minha porção faxineira, me dei conta que meu emprego na empresa, ao contrario da bosta, estava descendo por água a baixo. Eu precisava muito daquele emprego e já que era apenas uma doação por eu ser filho do fundador da empresa e não era muito bem vindo pelos meus colegas, diziam que eu não merecia. Não era muito bom chegar atrasado. A bosta no meu apartamento podia esperar mais um pouco, por infelicidade dos vizinhos.
Me aprontei tanto no visual quanto no psicológico que era para agüentar a aporrinhação do seu Marcos Carteado. Quando ia saindo eu vi , vi a grande chefona, era a maior aberração fecal que eu já tinha visto até os dias de hoje, era realmente enorme, estava la parada fitando meus olhos com aqueles pedacinhos de milho e feijão juntamente com amendoim. Era ela a minha desgraça, a culpa era toda dela, e eu com a maior sede de vingança que alguém poderia sonhar ter. Peguei-a com minhas próprias mãos e gritei
- Morrrrraaaaaaaaa!!! Sua merda!!!!- E atirei-a pela janela.

*** Frangmento do Livro Bostal. Públicado inicialmente num Zine local, porém ganhou milhares de adeptos literários nas imensas noites de inutilidade pública ***

5 comentários:

Pablito disse...

Esse comentário aí em no alto é de verdade? não acretito que escveram em ingles para um ignorante como eu.

TODO MUNDO RECLAMA QUE O CARA NÃO ESCREVE MAIS NO BLOG... QUE TA DORMINDO... QUE TA MORTO... QUE SEI LÁ O QUE!

DAÍ A GENTE ESCREVE, POSTA UNS TEXTINHOS E O UNICO COMENTÁRIO QUE SURGE NO LIMBO TEM CARA DE VIRUS COMEDOR DE CRIANCINHAS.

PUTZ

COMO DIZIA: É O FIM DOS TEMPOS

Natália disse...

:)
Oi!

Flavinha Roberta disse...

Olha, te garanto que esse meu comentário naum eh vírus..
Ótimo texto....
juro, parei pra ler tudinhu, com paciência e garanto q adorei..de verdade! e tudo em portugês mesmo, num "belo" e mau escrito português...
bjux querido
amo-te

Giana!! disse...

hummm, gostei do texto!!

Tem como arranjar um zine desse pra mim paizinho??/

Bjus

Thais Melendez disse...

Olá Pablito,
Sou admiradora do teu blog, e há tempos tomo coragem para escrever aqui. Essa postagem é uma das minha preferidas! ;)
Por mérito seu, tomei coragem e há algum tempo criei um blog também.
Continue escrevendo e me inspirando.Obrigada por compartilhar suas idéias.

Thais Melendez

chiiLes