terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Agradecimentos Monográficos

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Agradecimentos do meu trabalho de conclusão de curso - Monografia!
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AGRADECIMENTOS

Se eu agradecesse aqui todas as pessoas que gostaria, escreveria outra monografia. Por isso deixo poucas linhas às flores do meu jardim que me ajudaram neste trabalho.
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Agradeço, pois então, minha mãe Cilene por ter me tirado da cama e me mostrado um mundo de arte e liberdade.
Meu pai por ter me levado almoçar e ensinado a poesia da prática da vida.
Minha irmã Vanessa por sua vida de luz e mandalas.
O Felipe Baiano por compartilhar dos sofrimentos monográficos e das alegrias da vida.
O Brunão pelas reflexões e discussões e esperanças e amizade sem igual.
A Gisele pelas horas madrugadas de revisão e amizade sem tamanho.
A Flavinha e Priscila pelas ajudas a distância.
A Cissa pelos beijos à distância e conforto na presença.
A Leda Rúbia pelas risadas e revisadas.
O Dudu pela cumplicidade e generosidade.
A Bibiana pela produção de sentido.
O Bruninho pelos malabares e Bruno Mago pela experiência.
O Julian pelos quadrinhos.
A Grazi pela hospedagem na Watsa-Baia.
Os meus eternos orientadores e amigos, Helio, Suraia, Silvana, Mauro, Lacete, Rosani e demais professores desta vida psi.
Agradeço a todos que conheci em EREPs e ENEPs, principalmente aos amigos Corepistas. Agradeço aos meus irmãos espermatozóides que me deixaram sair na frente.
Agradeço Quintana, Drummond e Pessoa, Buarque, Seixas e Dylan, Garcia Marques, Saramago e Lobo-Antunes. Moscovici, Bauman, Barthes e Morin.
Agradeço especialmente ao meu palhaço, Agrião, que sempre me acompanha na aventura de ser criança em mundos de gente grande.
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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

O filho do vampiro

Publicado em La otra orilla, 1945, El hijo del vampiro é considerado o primeiro conto escrito por Cortázar, em 1937.

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Julio Cortázar

Tradução de Cassiano Viana

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Provavelmente todos os fantasmas sabiam que Duggu Van era um vampiro. Não o temiam, mas deixavam o caminho livre quando ele saia de sua tumba precisamente à meia-noite e entrava no antigo castelo à procura de seu alimento favorito.


O rosto de Duggu Van não era agradável, a quantidade de sangue ingerido desde sua suposta morte – no ano de 1060, pelas mãos de um menino, novo David armado de uma atiradeira-punhal – havia infiltrado em sua pele opaca a coloração mole das madeiras que ficam por muito tempo debaixo d’água. A única vida naquele rosto eram seus olhos. Olhos fixos na figura de Lady Vanda, adormecida como um bebê na cama que não conhecia mais que seu corpo leve.


Duggu Van caminhava sem fazer ruído, a mescla de vida e morte que formava seu coração se resolvia em qualidades inumanas. Vestido de azul escuro, acompanhado sempre por um silencioso séqüito de perfumes rançosos, o vampiro passeava pelas galerias do castelo buscando depósitos vivos de sangue. A indústria frigorífica o houvera indignado. Lady Vanda, adormecida com a mão sobre os olhos como em premonição do perigo, parecia um bibelô, um terreno propício ou uma cariátide(1).


Louvável costume de Duggu Van era o de nunca pensar antes da ação. Parado diante da cama, desnudando com a levíssima mão carcomida o corpo da rítmica escultura, a sede de sangue começou a ceder.


Se os vampiros de apaixonam é coisa que na estória permanece oculta. Se houvesse meditado, a condição tradicional haveria detido talvez à beira do amor, limitando-o ao sangue higiênico e vital, porém Lady Vanda não seria para ele uma mera vítima, destinada a uma série de coleções, a beleza irrompia de sua figura ausente lutando, exatamente no meio do espaço que separava ambos os corpos, com a fome.


Sem tempo para perplexidades, ingressou Duggu Van com voracidade estrepitosa no amor, o atroz despertar de Lady Vanda atrasando em um segundo as suas possibilidades de defesa e o falso sonho do desmaio houve de entregá-la, branca luz na noite, ao amante.


Fato é que, de madrugada e antes de ir embora, o vampiro não pode com sua vocação e fez uma pequena sangria no ombro da desvanecida castelhana. Mais tarde, ao pensar naquilo, Duggu Van sustentou para si que as sangrias resultavam muito recomendáveis para os desmaiados. Como em todos os seres, seu pensamento era menos nobre que o simples ato.


No castelo houve congresso de médicos, perícias pouco agradáveis, sessões conjuratórias e anátemas, e, além do mais uma enfermeira inglesa que se chamava Miss Wilkinson e que bebia genebra com uma naturalidade emocionante. Lady Vanda esteve longo tempo entre a vida e a morte (sic). A hipótese de um pesadelo demasiado verdadeiro foi abatida frente a determinadas comprovações oculares; e, além do mais, quando transcorreu um lapso razoável, a dama teve a certeza de que estava grávida.


Portas fechadas com Yale haviam detido as tentativas de Duggu Van. O vampiro tinha que alimentar-se de crianças, de ovelhas, até de – horror! – porcos, mas todo o sangue lhe parecia água ao lado daquele de Lady Vanda. Uma simples associação, da qual não o livrara seu caráter de vampiro, exaltava em sua lembrança o gosto de sangue onde havia nadado, guloso, o peixe de sua língua. Inflexível sua tumba na passagem diurna, era preciso aguardar o canto do galo para pular, desfigurado, louco de fome.


Não havia voltado a ver Lady Vanda, mas seus passos o levavam uma e outra vez à galeria terminada na redonda burla amarela de Yale. Duggu Van estava sensivelmente pior.Pensava às vezes – horizontal e úmido em seu ninho de pedra – que talvez Lady Vanda teria um filho seu, o amor recrudescia então mais que a fome. Sonhava sua febre com violações de trincos, seqüestros, a construção de uma nova tumba matrimonial de ampla capacidade. O paludismo se escondia nele agora.


O filho crescia, quieto, em Lady Vanda. Uma tarde ouviu Miss Wilkinson gritar para sua senhora. A encontrou pálida, desolada, tocava o ventre coberto ao relento, e dizia:
- É tal qual o pai, é tal qual o pai.


Duggu Van, a ponto de morrer a morte dos vampiros (coisa que por razões compreensíveis o aterrorizava), tinha ainda a débil esperança de que seu filho, acaso possuidor de suas mesmas qualidades de sagacidade e destreza, maquinaria algo para trazer-lhe sua mãe algum dia. Lady Vanda ficava cada dia mais pálida e aérea. Os médicos maldiziam, os tônicos recuavam. E ela, repetindo sempre:


- É tal qual o pai, tal qual o pai.


Miss Wilkinson chegou à conclusão de que o pequeno vampiro sangrava a mãe com a mais refinada das crueldades. Quando os médicos se inteiraram da situação, falou-se de um abordo, plenamente justificável; porém Lady Vanda se negou, virando a cabeça como um ursinho de pelúcia, acariciando com a direita seu ventre ao relento.


- É tal qual o pai – disse-. Tal qual o pai.


O filho de Duggu Van crescia rapidamente. Não apenas ocupava a cavidade que a natureza lhe concedera, mas invadia o resto do corpo de Lady Vanda, que agora podia apenas falar, já não lhe restara sangue; e se havia algum, estava no corpo de seu filho. E quando veio o dia estabelecido para o alumbramento, os médicos disseram que aquele ia ser um parto estranho. Em número de quatro rodearam o leito da parturiente, aguardando que chegasse a meia-noite do trigésimo dia do nono mês do atentado de Duggu Van.


Na galeria, Miss Wilkinson viu aproximar-se uma sombra. Não gritou porque sabia que não ganharia nada com isso, o rosto de Duggu Van não era de provocar risos, a cor terrosa de seu rosto havia se transformando em um relevo uniforme e cardão, em vez de olhos, duas grandes interrogações lacrimejantes se balanceavam sob o cabelo endurecido.


- É absolutamente meu – disse o vampiro com a linguagem caprichosa de sua seita – e ninguém pode interpolar-se entre sua essência e meu carinho. Falava do filho; Miss Wilkinson acalmou-se.


Reunidos em um ângulo do leito, os médicos tratavam de demonstrar uns aos outros que não tinham medo. Passavam a admitir mudanças no corpo de Lady Vanda, sua pele repentinamente escura, as pernas que se enchiam de relevos musculares, o ventre que se achatava suavemente e, com uma naturalidade que parecia quase familiar, o sexo que se transformava no contrário, as mãos que não eram mais as de Lady Vanda. Os médicos sentiam um medo atroz.


Então, quando soaram as doze, o corpo que havia sido Lady Vanda e era agora seu filho se aprumou docemente no leito e estendeu os braços até a porta aberta. Duggu Van entrou no salão, passou frente os médicos sem vê-los e tocou as mãos de seu filho.


Os dois, olhando-se como se se conhecessem desde sempre, saíram pela janela, a cama ligeiramente desarrumada, os médicos balbuciando coisas em torno dela, contemplando sobre as mesas os instrumentos do ofício, a balança para pesar o recémnascido e Miss Wilkinson na porta retorcendo-se as mãos e perguntando, perguntando, perguntando.


1 Figura humana, geralmente feminina, esculpida em fachadas de edifícios da Grécia antiga. N. do T.


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Julio Cortázar, Buenos Aires, 1937.
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domingo, 10 de agosto de 2008

Pai e Filhinha no teatro.



Dramaturgia em Drama

Cena 1

O Pai e a Filha... de 1 ano.

Linda e saudável família normal vai ao teatro. Em cartaz: O Palhaço

PAI – vou levar ela mais para frente.
MÃE – Isso, pode levar... eu fico aqui.



*** Pai corre através do corredor entre as poltronas do teatro, levando bem apertada ao peito sua filha de um ano, que sacode, sacode. Pai corre, porque atrás dele vem um dos atores da peça, também correndo, e gritando. A criança, apesar de sacudida, não grita.



PAI – Aqui está bom. (senta) Olha filinha, o palhaço.

*** A filhinha não fala, é uma criança, mas pensa. ***

FILHINHAHum, isso é um palhaço. Mas tá sem nariz.
PAI – Olha filhinha, o palhaço ta amarrando o sapato.
FILHINHAHum... haha... legal
PAI – Olha filhinha, o palhaço não sabe amarrar o sapato.
FILHINHA - ... aham eu vi pai...
PAI – Olha filhinha, o palhaço caiu.
FILHINHA Sim pai, eu vi que o palhaço caiu...
PAI – Olha filhinha, o palhaço caiu de novo quando foi levantar...
FILHINHAPai!!! Para de explicar o que está acontecendo lá...
PAI – Olha Filhinha, olha olha...
FILHINHATô olhando... eu já estou olhando...
PAI – ... ele conseguiu levantar...
FILHINHAPai, você esta atrapalhando o cara que está aí na poltrona da frente, pára de falar...
PAI – Filhinha filhinha, olha, o palhaço ta triste...
FILHINHA cadê a mãe... eu vou chorar... eu não quero mais ter esse pai...
PAI – Olha filhinha, o palhacinho conseguiu ficar alegre...
FILHINHAPrimeiro: não é palhacinho, é palhaço, clown, um branco e outro augusto. Segundo: ele não voltou a ficar alegrinho. Ele está ingênuo, aliás mostrando toda a simplicidade da ingenuidade e idiotia do ser humano, e assim torna-se o ser mais político que há, porque justamente “não há”. Então pai, se você não tem nada pra acrescentar, não comenta e me deixa aproveitar...
PAI – hahahaha
FILHINHAPelo menos você está conseguindo rir...
PAI – Olha filhinha, o palhacinho... Filhinha? Que cheiro é esse?

A FILHINHA fez cocô!

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Ficha Técnica Elenco: Lúcio Tranchesi (o Tio) e Alexandre Luís Casali (o Sobrinho) Direção: João Lima Roteiro: Alexandre Luis Casali e Lúcio.

...Hasta...

Ventana







Cópula



A poética cópula das máquinas!

... hasta...

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Normose e Línguas

Aqui vai um texto que encontrei perdido no computador. Não sei quem é o autor e só encontrei um página apenas...


gostei


postei


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... Falar de normalidade é como andar sobre um deserto de ovos, é como atirar em um alvo em constante movimento. Tal qual “tempo e espaço”, a normalidade é, inexoravelmente, um conceito relativo. Se formos analisar a revolução ocasionada pela teoria da relatividade de Einstein, temos que convir que os resultados obtidos pela mesma não satisfazem apenas o campo cientifico da física e afins, mas pelo contrario, foi o vento que levou ao ar os chapeis do conformismo e da exatidão em todo o mundo intelectual, capacitando um outro jeito de pensar a ciência e os fenômenos humanos e tudo que a estes corresponda, assim como um novo modo de lidar com estes fenômenos. Caindo por terra o conceito da linearidade do tempo de Newton, como, também, o conceito positivista e liberal de homem individual, “normal” ou “anormal”. Embora, tanto a idéia de Newton, como a do “Patológicomen”[1] são exaustivamente trabalhadas na formação intelectual de uma pessoa.
Ser normal é estar dentro das normas, da maioria, da moda. Mas estar dentro de uma norma é contradizer uma das grandes virtudes do ser humano, o de ser político (e não monolítico). Assim, uma sociedade de consumo como a nossa tende a normatizar “hábitos” patogênicos que, apesar de serem “normais”, levam a infelicidade e a doença. Dessa forma Pierre Weil apresenta o conceito de Normose, que seria a patologia da própria normalidade. A dita normalidade que introjeta na pessoa uma pulsão de ter, só de “ter” e não de “ser”, por exemplo. Assim, segue-se a crise da contemporaneidade, alienação causada pela submissão inconsciente à um regime totalitário de dominação (moda, seguir a maioria). Tomar consciência disso é o inicio terapêutico para a mesma.
Einstein e Weil, como foi supracitado, nos mostram rupturas em paradigmas histórico-culturais, tanto focado no homem em si como em todo o universo físico que o rodeia. Lembremo-nos de que Einstein era tido como louco, e Weil, aos trinta e três anos de idade entrou em uma crise existencial profunda que mudou toda sua vida. Analisemos, que Einstein era fruto de uma rígida educação judaica e tinha sérias dificuldades de relacionamento por causa de sua timidez assim como ações errantes nas práticas mais cotidianas. Logo, Einstein era produto de relações, e destas relações sofria ou...


[1] Palavra criada pelo autor, originária da junção de Patológico com Men (homem em inglês). Faz referência a patoligização da vida assim como à perda da identidade lingüística de uma certa população, que por alienação normatiza-se de acordo com falsos modelos apresentados na anti-cultura de consumo.
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Homi Bhabha



Noção de Cultura em BHABHA

Todas as formas de cultura estão de algum modo relacionadas umas com as outras, porque cultura é uma atividade significante ou simbólica. A articulação de culturas é possível não por causa da familiaridade ou similaridade de conteúdos, mas porque todas as culturas são formadoras de símbolos e constituidoras de temas. Portanto, são práticas interpelantes.
Resistimos muito a pensar de que forma o ato de significação, o ato de produção dos ícones e símbolos, dos mitos e metáforas por meio dos quais vivenciamos cultura, devem sempre – em virtude do faoto de serem formas de representação – ter em seu interior uma espécie de limite auto-alienante. O sentido é construído de um lado a outro da linha divisória que separa e diferencia significante e significado. Decorre disso que nenhuma cultura é completa em si mesma, nenhuma cultura se encontra a rigor em plenitude, não só porque há outras que contradizem sua autoridade, mas também porque sua própria atividade formadora de símbolos, sua própria interpelação no processo de representação, linguagem, significação e constituição de sentido, sempre sublinha a pretensão a uma identidade originária, holística e orgânica.

Noção de tradução em BHABHA

Tradução é um processo pelo qual, a fim de objetivar o sentido cultural, é forçoso haver sempre um processo de alienação e de secundariedade em relação a si próprio. Sob esse aspecto, não há “em si mesmo” nem “por si mesmo” no interior das culturas, porque elas sempre estão sujeitas a formas intrínsecas de tradução. Tal teoria da cultura se aproxima de uma teoria da linguagem, como parte de um processo de traduções – usando essa palavra não no sentido estritamente lingüístico de tradução, como em “um livro traduzido do francês para o português”, mas enquanto um motivo ou tropo, como sugere Walter Benjamin para a atividade de deslocamento dentro do signo lingüístico.
Tradução é também uma maneira de imitar, mas num sentido traiçoeiro e deslocante – o de imitar um original de tal modo que a sua prioridade não é reforçada e sim, pelo próprio fato de ele poder ser simulado, reproduzido, transferido, transformado, tornado um simulacro e assim por diante: nunca o original se conclui ou se completa em si mesmo. O “originário” será sempre aberto à tradução, portanto nunca pode ser dito que tenha um momento antecedente, totalizado de sentido ou de ser – uma essência. Isso quer dizer, que as culturas só são constituídas em relação a essa alteridade interna á sua própria atividade formadora de símbolos que as faz estruturas descentradas – e que por intermédio desse deslocamento ou liminaridade abre-se a possibilidade de se articularem práticas e prioridades culturais diferentes e mesmo incomensuráveis.

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Texto do Grande Mestre e Amigo Mauro Gaglietti

oS rATOS


Eis que devem retornar ao ninho os camundongos

Arte de amar - de Tiago de Mello

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Não faço poemas como quem chora,
nem faço versos como quem morre.
Quem teve esse gosto foi o bardo Bandeira
quando muito moço; achava que tinha
os dias contados pela tísica
e até se acanhava de namorar.
Faço poemas como quem faz amor.
É a mesma luta suave e desvairada
enquanto a rosa orvalhada
se vai entreabrindo devagar.
A gente nem se dá conta, até acha bom,
o imenso trabalho que amor dá para fazer.

Perdão, amor não se faz.
Quando muito, se desfaz.
Fazer amor é um dizer
(a metáfora é falaz)
de quem pretende vestir
com roupa austera a beleza
do corpo da primavera.
O verbo exato é foder. A
palavra fica nua
para todo mundo ver
o corpo amante cantando
a glória do seu poder.

TIAGO DE MELLO

líriosorriosos

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Se eu conseguisse todos os Lírios
Todos os brancos e os amarelos.
Se assaltasse os jardins mais apaixonados
E assim tocasse o seio esquerdo de Julieta.

Se eu te deitasse agora em meu olhar
Te cobrisse com meus sonhos e minha paixão
Um beijo para lhe contar
Que sou seu Lírio Rubro.

Você, minha paz e meu tormento
Que me abala os olhos e os sentimentos
Você, em jardim floresce

Cada dia uma,
Teus olhos:
Cada dia únicos.

a-romA

Meu amor é mais que eu mesmo em inicio de vida...
Meu amor é uma rotina sem horário...
É assim uma saudade sem tempo, sem pausa...
Meu amor é uma flor sem cor, mas viva verde e vermelha, amarela...
Meu amor é cinco Marias em um céu de jasmim...
É assim, assim florido, assim... assim.
Meu amor tem compasso forte, tem tom pesado...
Meu amor tem pele suave, meu amor é pluma e simplicidade...
É assim o meu amor, puro... puro assim como esse verde.
Meu amor é meu coração na madrugada...
Meu amor é minha mão, por favor, na sua mão.
É assim o meu amor, bate sincopado um réquiem surreal
Uma tradução de um abismo silábico
Porque não há palavras, soltas, silenciadas, escritas ou copiadas...
Não há maneira de lhe dizer, Meu Amor, como é real meu amor, e
A mais rigorosa dor é essa casta falta de você. Falta você sempre do meu lado!

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Sentelhas dos mundos que passaram
Mundos e palavras que cabem nos momentos
Em palmas e mãos.

tenho tanto sentimento


Tenho tanto sentimento

Que é freqüente persuadir-me


De que sou sentimental,


Mas reconheço, ao medir-me,


Que tudo isso é pensamento,


Que não senti afinal.





Temos, todos que vivemos,


Uma vida que é vivida


E outra vida que é pensada,


E a única vida que temos


É essa que é dividida


Entre a verdadeira e a errada.





Qual porém é a verdadeira


E qual errada, ninguém


Nos saberá explicar;


E vivemos de maneira


Que a vida que a gente tem


É a que tem que pensar.





Fernando Pessoa


O mundo vai

O varal

Fica!

Retiração de Subjetividade Estética


Os retirantes

Somos nós

Que passamos

Passamos

Passamos

Pacivamente

Passamos

Passamos

Passamos

Passamos

Condicionadamente

Passamos

Passamos

Passamos

Passamos

Passamos

De ônibus

Passamos

Passamos

Passamos

Passamos

Fotografando

Passamos

Passamos

Passamos

Turismando

Passamos

Passamos

Passamos

Passamos

Fugindo

Nos Retirando...

Foto de Julian Dal Asta

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Acróstico

Foda é esse frio
Rachando o meio dos dedos
Inchando os pés
O pinto se esconde

Por Pablito e Baiano

sábado, 14 de junho de 2008

O azar é deles...

Fala proferida em evento sobre Maio de 1968.

Tempo disponível para a fala: 68 segundos

Tempo utilizado: Incontável e impossível


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Boa noite ouvintes e ouvintas

.........Estamos aqui esta noite, por muita coisa, talvez por coisa nenhuma... e é por onde caminha a humanidade... por coisa nenhuma e todas as coisas! Terminando numa grande desilusão farsesca das vidas de cada um de nós, nossos fantasmas, nossos eus, nossas fronteiras, nossas estruturas, nossas oceanos subjetivos.
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Gostaria de fazer um anti-manifesto anti-saudosista... porque assim eram muito mais lindos os meus tempos!
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Quero deixar aqui, o pó das traças da velharia mórbida, parada, jogada no canto de um quarto de um quarto.
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Quero construir na cultura nossa de cada dia, um sentido a la 1968. Mas não sou 68... sou 2008. E sendo assim... não me contento com 68 segundos... peço que as grades protocolares sejam moto-serradas e que me possibilitem a apropriação de 2 minutos e 8 segundos!
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Que me deixem fazer o velho... em forma de novo. Porque o novo é o velho restaurado, reconfigurado, reformado... aliás, DESFORMADO!
Que me deixem não repetir, não reproduzir, não ser o que já foi. Que me deixem gritar e calar, que me deixem dar um coice nas fronteiras, que me deixem construir, destruir, que me deixem ir, vir... que me deixem devir!
Que me deixem absolutamente livre... que me escutem e me compreendam... e se não, não importa, o azar é deles!
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E ao me deixar, que deixem a todos... que deixem as gerações: as do leite, as do sexo, as do trabalho, as da bengala... que deixem, aliás, essas categorias para trás, porque enfim somo todos fio do mesmo fim!
Nos misturamos e nos moldamos... somos corpos em movimento e em diálogo! Somos construtores, produtores de cultura, sentido, significado, subjetividades!
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E se assim passar do tempo... Que me deixem... porque isso não é 68, nem mesmo é 2008... afinal “O que foi não mais existe; existe exatamente tão pouco quanto aquilo que nunca foi. Mas tudo que existe, no próximo momento, já foi”. Arthur Schopenhauer
...
...
... hasta...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

1ª Parte - Cabeça Bem Feita

A cabeça bem-feita*
Edgar Morin
1ª Parte
**Pablito Potrich Corazza

..........“Há inadequação cada vez mais ampla, profunda e grave entre os saberes separados, fragmentados, compartimentados entre disciplinas, e, por outro lado, realidades ou problemas cada vez mais polidisciplinares, transversais, multidimensionais, transnacionais, globais, planetários”.(Morin, p.13). Assim Edgar Morin inicia seu livro “A cabeça bem-feita”, onde discursa sobre os desafios da reforma do pensamento, cada vez mais necessário na atualidade, visto que a hiperespecialização faz com que se perca o contexto dos problemas ou da própria realidade fechando-se assim, em uma pequena parte simbolicamente separada do todo e que não satisfaz a necessidade de se considerar o essencial. O essencial só pode ser compreendido se for lido no contexto global. “Os problemas essenciais nunca são parceláveis, e os problemas globais são cada vez mais essênciais”. (Morin, p.14)
..........Neste desafio da globalidade nos deparamos também com o desafio de complexidade. “Existe complexidade, de fato, quando os componentes que constituem um todo (como o político, o econômico, o sociológico, o psicológico, o afetivo, o mitológico) são inseparáveis e existe um tecido interdependente, interativo e inter-retroativo entre as partes do todo, o todo e as partes”. “Efetivamente, a inteligência que só sabe separar, fragmenta o complexo do mundo em pedaços separados, fraciona os problemas, unidimensionaliza o multidimensional... De modo que, quanto mais os problemas se tornam multidimensionais, maior a incapacidade de pensar sua multidimensionalidade...” (Morin, p.14, 15). “Uma inteligência incapaz de perceber o contexto e o complexo planetário fica cega, inconsciente e irresponsável”.
..........Os conhecimentos fragmentados até podem ser úteis nas áreas que não correspondem aos setores complexos do conhecimento, sendo assim podem ser muito bem utilizados no que concerne ao funcionamento das “máquinas artificiais”, mas esta lógica mecanicista não pode ser aplicada na sociedade ou nas relações humanas uma vez que “ignora, oculta ou dilui tudo que é subjetivo, afetivo, livre, criador”.
...........Penso que não há nada mais certo que estas magistrais colocações, considerando, talvez a própria academia ou universidade, a qual temos o solúvel privilégio de poder freqüentar para que possamos nos especializar em algum setor. E o que se vê é exatamente isso, espacializações pragmáticas, sem contextualização, nem interação com outras áreas ou faculdades. Cursos separados cartesianamente. Enfim todo um complexo educacional que obedece cada vez mais a esta enfermidade do pensamento. Desde a primeira educação, as disciplinas já são trabalhadas de forma solitária, se agravando ainda mais no ensino médio pela falta de reflexão na incessante marcação de “x”, que acaba por definir quem é mais inteligente e capaz. E novamente o pensamento se torna mesquinho, numa cegueira ordinária, tornando-se assim mais um problema em vez de uma solução.
..........Essa questão educacional é tida para Morin como outro desafio, porque: “em tais condições, as mentes jovens perdem suas aptidões naturais para contextualizar os saberes e integrá-los em seus conjuntos” (Morin, p. 15). “Devemos, pois, pensar o problema do ensino, considerando, por um lado, os efeitos cada vez mais graves da compartimentação dos saberes e da incapacidade de articulá-los, uns aos outros; por outro lado, considerando que a aptidão para integrar é uma qualidade fundamental da mente humana que precisa ser desenvolvida, e não atrofiada” (Morin, p.16).


* Primeira parte da resenha realizada para as Aulas de Psicologiada Personalidade, com a Professora Rosani Sgari. Dividi a resenha em 6 partes, que serão postadas em breves espaços de tempo!

** Estudante de Psicologia da Universidade de Passo Fundo. Dedicado e comprometido, atrasado e meio atordoado... Futuro Ph.D na Universalidade do Planeta Terra. Publicou vários artigos e livros sobre a arte de não fazer nada e suas conseqüências na vida dos animais de estimação (delírios).

quinta-feira, 17 de abril de 2008

A maior aberração da natureza

Eu estava la, loucamente me amando com meu travesseiro quando de repente o despertador tocou. Levantei, cambaleando e procurei as minha lindas pantufas de ursinho. Por incrível que pareça estavam no lugar certo, o que é uma coisa muito rara no meu esplendoroso quarto que mais parece a câmara do senado de tão bagunçado.
Nesse meio tempo, percebi que estava com uma vontade louca de ir ao banheiro. Fui devagarinho, segurando todos os “peidinhos’’ para o momento mais sossegado de meu infernal dia. Claro que não esqueci de agarrar de cima de minha cama a nova revista da turma da mônica, é a melhor do mês, vem as histórinhas mais sensacionais da década. Elas servem como um laxante para meus neurônios que conpulssivamente mandam o coco descer, livre, leve e solto. Pois que o coco não queria sair nem por decreto do presidente dos EUA, que atualmente se auto julga dono do mundo. Nem a tão poderosa turma da mônica conseguiu me livrar desse entupimento gástrico-renal. Sem saber como agir nesse momento crítico de minha vida, saí do banheiro acrocado, que era para a bosta não subir para a boca, peguei o telefone e liguei para mamãe, é claro que não esperava grandes resultados de suas opiniões mas pelo menos ela poderia me dar um apoio moral.
- Alo, Mãe?
- Quem é?
- Eu
- Ronemualdo?
- Não
- Creosvaldo?
- É
- Ah seu porco, o que é que tu qué?
- Oh mãe, não sai.
- Que?
- Não sai de jeito nenhum.
- O que que não sai?
- A bosta!
- O que? Tu nunca me liga e quando liga ta na merda, vai te a merda.
- O mãe não desliga... Desligô.
O problema, é que eu já estava atrasado para o trabalho. Tinha que apelar para uma técnica caseira.
- Hum! A velha técnica desintupidora da vovó.
Saí tropicando como pedra em ribanceira, peguei o velho funil de metal e vagarosamente abri o armário e apanhei meu pequeno aspirador, chamado pela vovó de aspeidador, pois ele provoca peidos e ... Muita dor! Com dor ou sem dor eu queria me ver livre daquele inferno, peguei o aspeidador e juntamente com o funil penetrei-o profundamente e dolorosamente no meu próprio limite do aparelho excretor. A dor foi tamanha que o meu cérebro sofreu um espasmo e eu desmaiei e dormi profundamente.
Quando acordei estava ainda com um desconforto no traseiro mas isso fora anulado pelo imenso prazer de não estar mais com aquela tora fecal dentro do meu singelo corpo. Parei um pouco para aproveitar o momento mais feliz do meu dia que também fora pouco pois o fedor da bosta estava por todo meu apartamento, e o fedor era realmente insuportável, não tive como agüentar nem um minuto a mais naquela possilga. Me levantei para sair, mas por ironia do destino, tinha esquecido a calça fracogiorgi toda cagada, arriada. Levantei a calça com nojo de encostar meus lindos e bem cuidados dedos naquela merda toda, mas daí pensei “essa merda é minha então não tem porque eu ter nojo” e mergulhei naquela bosta toda que encharcava a minha calça.
Fui correndo para o chuveiro e lá fiz a primeira coisa que me veio a cabeça, tirei a roupa. Tomei um sujo e rápido banho pois o cheiro era insuportável até dentro do banheiro. Caso eu tenha esquecido de dizer, o incidente com o aspeidador se sucedeu na sala em frente a minha televisão, que agora esta cheia de bosta tanto por dentro como por fora. Assim como o glorioso tapete persa, importado do Paraguai. Por um momento pensei em chamar uma faxineira, mas logo essa hipótese me saiu da cabeça:
- Coitado de quem ousar entrar no meu apartamento, vai ser um veneno mortal para o olfato. Vou eu mesmo dar um jeitinho, aquele jeitinho que a anos não dou.
Coloquei meu avental de cozinha, apanhei uma vassoura e fui ver no que dava a limpeza. Passei a vassoura de cima pra baixo varias vezes no televisor, até que me toquei que tinha espalhado ainda mais a merda, cheguei até a jogar um pouco no teto.
- Ai de mim!
Não podia mais com o cheiro, peguei quatro panos e um prendedor de roupas, este seria minha salvação contra o mal maior, o cheiro. Coloquei-o no nariz. Continuei com a limpezinha do meu ap., que estava apenas começando.
No auge da minha porção faxineira, me dei conta que meu emprego na empresa, ao contrario da bosta, estava descendo por água a baixo. Eu precisava muito daquele emprego e já que era apenas uma doação por eu ser filho do fundador da empresa e não era muito bem vindo pelos meus colegas, diziam que eu não merecia. Não era muito bom chegar atrasado. A bosta no meu apartamento podia esperar mais um pouco, por infelicidade dos vizinhos.
Me aprontei tanto no visual quanto no psicológico que era para agüentar a aporrinhação do seu Marcos Carteado. Quando ia saindo eu vi , vi a grande chefona, era a maior aberração fecal que eu já tinha visto até os dias de hoje, era realmente enorme, estava la parada fitando meus olhos com aqueles pedacinhos de milho e feijão juntamente com amendoim. Era ela a minha desgraça, a culpa era toda dela, e eu com a maior sede de vingança que alguém poderia sonhar ter. Peguei-a com minhas próprias mãos e gritei
- Morrrrraaaaaaaaa!!! Sua merda!!!!- E atirei-a pela janela.

*** Frangmento do Livro Bostal. Públicado inicialmente num Zine local, porém ganhou milhares de adeptos literários nas imensas noites de inutilidade pública ***

domingo, 13 de abril de 2008

A menoridade disfarçada ou O pessimismo*

Pablo Potrich Corazza[1]

.......... A maioridade da razão descrita por Kant está na constituição da sociedade atual, menorizada, uma vez que, por ilusão, o grande público elitista e determinador de desigualdades se considera “pensante” com capacidade de se servir do seu próprio entendimento sobre como vivem, por que vivem, o que falam, ouvem, escutam e deglutem, babando.
.......... Estando este público restrito a um entendimento televisivo e aculturado, não desenvolvem a premissa básica do iluminismo Kantiano que é “se servir de seu próprio entendimento sem a orientação de outrem” (Kant, 1783). Sendo este público “vítima” do condicionamento da indústria do entretenimento, repassam o único e possível entendimento que absorvem desta incrível elucubração, pois essa indústria de valores e culturas, na sua “santa mesquinhez” adere ao papel de tutor, segundo Kant, que pelo caminho da falta de coragem e decisão, mesmo que inconscientes do público, de se servir de seu próprio entendimento, lhe fornece somente uma simples opção no entendimento de seu mundo subjetivo: o de não haver subjetivo algum e o de apenas olhar e gostar. Raciocinar pra quê? Numa mesa de um shopping qualquer, pergunte a um grupo de jovens o que, para eles, significa moda. Irão rir um pouco e lhe responder que cada pessoa faz e tem sua própria moda. Observando-os você deverá notar que, em geral deverão estar usando boné, camisetas da mesma marca, bermuda a meia canela e um tênis enorme, em cada pé; devem ter acabado de sair do cinema onde assistiram um filme Hollyoodiano (adoraram!), estão fumando, alguém tem uma “banderinha” dos EUA no peito e se dizem independentes e rebeldes. São virgens, mas dizem que estão “comendo” todo mundo, nunca viram cocaína na vida, mas dizem que estão cheirados, afinal o mocinho do filme que eles acabaram de assistir revelava este mesmo padrão de comportamento e era muito bem sucedido.
.......... O pensamento crítico e sensato ainda existe em algumas pessoas que se fazem valer de seus próprios entendimentos. Essa maioridade da razão não é atingida num passe de mágica, é incentivada por instituições que propiciam o encontro e o importante entendimento da cultura, do conhecimento, da arte e desse senso crítico, tão falado, tão ausente e desconhecido. Mas o que dizer quando essas próprias instituições se tornam meios de veiculação dessa odiosa cultura de massa? Dar titulo de professora emérita para a Hebe Camargo ou fazer campanha de vestibular com uma banda chamada Big Head’s, é se deixar levar pela menoridade disfarçada. Esta publicidade se faz cada vez mais desumana no sentido de distorcer a possibilidade de livre arbítrio do ser humano, condicionando sugestivamente a pessoa a fumar, beber, gostar, ter, acatar ou qualquer outra coisa imaginável, afinal a lei de Gerson ainda vigora.
.......... Kant cita, sobre os tutores, metaforicamente que depois de domesticarem seus animais a permanecer no caminho da carroça, mostram-lhes em seguida o perigo que os ameaça se não o seguirem. “Ora este perigo não é assim tão grande, pois aprenderiam por fim muito bem a andar. Só que um tal exemplo intimida e, em geral, gera pavor perante todas as tentativas ulteriores” (KANT, 1783). Seja com um vírus invisível ou com um crucifixo na parede o medo fantasioso que nos é colocado defronte sempre esteve ligado ao nosso livre arbítrio e o nosso entendimento da realidade. Essa antiga maneira de manipulação de massa se faz presente na mídia atual ostentando padrões de beleza e de comportamento que devem ser seguidos para se pertencer a um grupo, o importante é não ser diferente. O diferente causa medo.
.......... O sonho de viver em uma sociedade, de toda, esclarecida, já não é tão distante, na verdade é impossível. Ao que Kant cita a religião como a maior precursora da menoridade isso em sua época, temos hoje a mídia e a indústria do entretenimento, desfazendo as culturas, as artes, o ser humano e a sociedade em si. A era que nos é concedida a viver não é mais a era de reis e governos, não é mais a época de ditaduras militares ou de El Dourados, que Voltaire nos tire este pessimismo das costas, mas é a era da menoridade disfarçada, é a época do subjetivismo insubjetivo, é o tempo dos direitos humanos que só se fazem presentes quando o humano já se tornou desumano, é a modernidade de sábios sem sabedoria tirando oportunidades de que outros a tenham, é o canal da zorra total.
.......... O radicalismo na oposição a essa menoridade forçada se faz cada vez mais necessária, uma vez estando ele contra o que denigre o homem quanto ser pensante, está para o bem da sociedade e da alma de cada pessoa. Não há Pangloss que agüente a atualidade, não há o melhor dos mundos possíveis, nem há uma única e exclusiva farsa (anti) teatral para menorizar a razão e a própria maioridade.

* Tributo a Voltaire
[1] Acadêmico de Psicologia. Filosofo por um dia.




*** Texto produzido para aula de Filosofia da Professora Geovana Dalmás. Ano: 2003. Segundo nível da Facul ***

sábado, 12 de abril de 2008

Funny Games... Fanny Days... Funny...




Dois fatos interessantes para serem contatos.


1. Comprei uma bicicleta. Uma caloi 10, do caralho. Tu pedala e ela vai. Tu freia e... ela demora um pouco mas para. Tu pede para ela te servir um suco e ela serve. Incrivel.


Domingo passado, em estado de solitária agonia, saí a pedalar pelas amarelas ruas de Passo Fundo. Na mochila levava uma térmica com água quente, minha cuia para chimarrão e erva argentina. Mias alguns papéis se valor naquela tragetória ciclística. Mais os Quadrinhos de "V de Vingança" e o livro Jardim das Ilusões. Devia haver algo mais na mochila, mas não me recordo. Possívelmente eu possa encontrar alguns Monstros de jardim dentro da minha mochila.


Com destino a Praça do HC, fui pedalando. Quase voando. Plena avenida Brasil. Vazia Avenida Brasil. Maldito meio fio. Me esborrachei no chão.


Resultado... esfolei os joelhos. Entortou o aro traseiro (isso doeu). Quebrou o pedal. Arranhou o varão. E eu só esfolei os joelhos. Nem um braço quebrado, nada... só os joelhos. Mas a bicicleta... P.M.


Fui até a praça. Fiz um mate. Me deitei. e adormeci lendo gibi.


2. Encontrei um rato. Aliás, dois ratos. Os dois trabalhavam num banco. Aliás, continuam trabalhando.


ESTE ENCONTRO, DEFINITIVAMENTE, NÃO FOI NADA BOM.

sábado, 1 de março de 2008

O SonoonoS O


O Sono é algo oniricamente produtivo...

porém, quando se está com os olhos abertos...

da uma vontade de dormir.


Boa Noite...