sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Normose e Línguas

Aqui vai um texto que encontrei perdido no computador. Não sei quem é o autor e só encontrei um página apenas...


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... Falar de normalidade é como andar sobre um deserto de ovos, é como atirar em um alvo em constante movimento. Tal qual “tempo e espaço”, a normalidade é, inexoravelmente, um conceito relativo. Se formos analisar a revolução ocasionada pela teoria da relatividade de Einstein, temos que convir que os resultados obtidos pela mesma não satisfazem apenas o campo cientifico da física e afins, mas pelo contrario, foi o vento que levou ao ar os chapeis do conformismo e da exatidão em todo o mundo intelectual, capacitando um outro jeito de pensar a ciência e os fenômenos humanos e tudo que a estes corresponda, assim como um novo modo de lidar com estes fenômenos. Caindo por terra o conceito da linearidade do tempo de Newton, como, também, o conceito positivista e liberal de homem individual, “normal” ou “anormal”. Embora, tanto a idéia de Newton, como a do “Patológicomen”[1] são exaustivamente trabalhadas na formação intelectual de uma pessoa.
Ser normal é estar dentro das normas, da maioria, da moda. Mas estar dentro de uma norma é contradizer uma das grandes virtudes do ser humano, o de ser político (e não monolítico). Assim, uma sociedade de consumo como a nossa tende a normatizar “hábitos” patogênicos que, apesar de serem “normais”, levam a infelicidade e a doença. Dessa forma Pierre Weil apresenta o conceito de Normose, que seria a patologia da própria normalidade. A dita normalidade que introjeta na pessoa uma pulsão de ter, só de “ter” e não de “ser”, por exemplo. Assim, segue-se a crise da contemporaneidade, alienação causada pela submissão inconsciente à um regime totalitário de dominação (moda, seguir a maioria). Tomar consciência disso é o inicio terapêutico para a mesma.
Einstein e Weil, como foi supracitado, nos mostram rupturas em paradigmas histórico-culturais, tanto focado no homem em si como em todo o universo físico que o rodeia. Lembremo-nos de que Einstein era tido como louco, e Weil, aos trinta e três anos de idade entrou em uma crise existencial profunda que mudou toda sua vida. Analisemos, que Einstein era fruto de uma rígida educação judaica e tinha sérias dificuldades de relacionamento por causa de sua timidez assim como ações errantes nas práticas mais cotidianas. Logo, Einstein era produto de relações, e destas relações sofria ou...


[1] Palavra criada pelo autor, originária da junção de Patológico com Men (homem em inglês). Faz referência a patoligização da vida assim como à perda da identidade lingüística de uma certa população, que por alienação normatiza-se de acordo com falsos modelos apresentados na anti-cultura de consumo.
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Um comentário:

Gisele Cristina Voss disse...

fazendo parte de minha nãomarlidade, nao li o texto... só vi a foto por enquanto, e precisei comentar:
Que FOTO
Que Família
QUE LÍNGUAS!!!!