sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Suicidou

Sangue! Sangue!Sangue!
Chatterton, suicidou
Kurt Cobain, suicidou
Getúlio Vargas, suicidou
Nietzsche, enlouqueceu
E eu!
Não vou nada bem
Não vou nada bem
Não vou nada bem
Não vou nada bem...

Passei o dia, a semana, inteira cantando esta música. minha mãe, seguindo os ensinamentos do sábio estereótipo cinematográfico, disse para cambiar as últimas frases. "inverte meu filho, inverte... ao invés de cantar não vou nada bem, canta eu vou muito bem"... pense positivo e seu cérebro produz uma onda que retumbará em todo o resto do mundo. uma onda que faz até um barulhinho: uhoooouummm!

Puta que pariu... não vou nada bem!

Se fosse para cantar que vai tudo bem, não cantava, porque afinal: quem canta seus males espanta...... e não tendo males, para que cantar?

Goya enlouqueceu...

***___***


Aumentemos nosso repertório banherístico: novas implicações teóricas vem sendo agregadas à Teoria das Leituras Banais de Banheiro. As leituras de banheiro comportam auto grau de tolerância frente a qualidade do fim, uma vez que o que se busca é a satisfação do meio. E aí se encontra o comum acordo entre nossa mente e nosso corpo. Um território único para a complexidade de nossos processos cognitivos e para nossa primitiva rejeição orgânica. O que quero dizer, é que tanto no cocô como na leitura de banheiro, o que importa é o processo. Não nos importamos com aquilo que está a deriva nas águas escurecidas por nossa sombra, mas sim com o processo como aquele moreno afogado naufragou. Nos importamos é com o fazer cocô e não com o próprio cocô. Assim é também o ato de ler no banheiro. Não nos importamos com os objetivos da leitura, nem com o final do texto, nem com nada... apenas nos preocupamos em ler para amenizar o dolorido, por vezes dolorido, processo de evacuação. Portanto, ler no banheiro, significa combinar a cognição com a evacuação.

Pensando desta forma, se nossa cabeça está a serviço do nosso cú, mais próprio seria jogar algumas leituras vaso abaixo. E, assim como cagar, as leituras são algo muito singular da existência de cada um. Logo, não falo por ninguém, cago por mim mesmo.

Algumas leituras que eu daria descarga:

- The Secret (livro e filme. "encaminhe este DVD para 21 pessoas, do contrário perderás todos os bens, ficará gordo, com rugas, lhe chamarão de Viado, ganharás menos que os professores de escolas públicas")
- O texto "Profissionais dos Palcos", do jornal Periódico Central (por ser um surto psicótico do jornalista, embora os psicóticos sejam um pouco mais criativos).
- Minhas aulas de Psicologia Clínica (sem comentários)
- Alguns professores da Privada (muitos comentários, mas se eu abrir a boca terei que morrer)


Leituras para serem reflectidas durante o banho:

- Seu Jorge (eu não ando nada bem...)
- Pra Ler/Zer (apesar do mel da última página, grandes textos)
- Blog da Bibianda (scriptografias... grandes comentários)
- Babel
- Coleção Baderna da Conrad (TAZ)
- Alguns Professores da Privada (Pouquissimos)


...hasta...


Suicidou

5 comentários:

Gisele Cristina Voss disse...

procura-se o telefone da funerária apocalipse urgente!!!!!

Gisele Cristina Voss disse...

que tal achar outra música?
está tão bem nas (des)indicações da descarga para leitura... mas para cantar...
que tal... Padre Marcelo Rossi?!
Boa Moa!

Pablito disse...

Marcelo Rossi e seus brancos anviados divinos... ele realmente seria uma escolha suicida!!! hehe

Mas o Padre Zezinho até que me deixa bem alegrinho... acho ele uma carinha tri simpático!!!

Beijoooos Gi!!

Bibiana Friderichs disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bibiana Friderichs disse...

Bom, essa música já martelava na minha cabeça em fevereiro de 2006 e a mãe do Pablo dizia: muda o verso, muda o verso, mas PUTA QUE PARIU: NÃO VOU NADA BEM!

he he he... bem apropriado! só me falta a genialidade... he he he